A Obesidade é um distúrbio complexo, engloba processos patológicos, psicológicos, genéticos, sócio-culturais e ambientais, tornando-se um assunto muito discutido por profissionais da área da saúde. O que para uns pode ser normal o uso de #remédios para emagrecer, para outros é inadmissível. A imagem do corpo bonito e saudável atravessa, contemporaneamente, os diferentes gêneros, faixas etárias e classes sociais. De um lado, especialistas defendem que os remédios ainda são uma arma eficiente contra a obesidade. Do outro, há o time que condena o uso indiscriminado e os malefícios que essas drogas podem causar.
De acordo com a opinião dos técnicos da Anvisa, os medicamentos inibidores de apetite não funcionam e fazem mal; opinião esta, amparada por um documento que deveria representar uma revisão isenta, imparcial e justa dos estudos de eficácia e segurança. Um recente relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, os remédios devem ser usados, mas apenas para tratamentos médicos.
As práticas alimentares de emagrecimento inserem-se numa lógica de mercado impregnada por um padrão estético de corpo ideal. A valorização dos cuidados corporais relacionados à busca por saúde e estética encontra nos meios de comunicação de massa seu lugar de divulgação e repercussão. As pessoas sentem-se cobradas e insatisfeitas e acabam optando pelo o uso indevido de medicamentos, dietas e afins. A busca pela perfeição pode estar ligada ao desejo narcísico de nos sentirmos amados, inseridos e bem integrados em nosso grupo. A beleza como padrão é um meio em que as pessoas têm buscado para conseguir saciar-se sem nunca querer sair do foco central de toda a atenção desejada. Atualmente percebe-se que a aparência tornou-se a essência humana, sendo considerada mais importante do que valores e princípios que vigoravam em tempos passados.